segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Texto da aluna Melissa Facchin Barazzetti, turma 202.

Função Inversa

O ser humano evolui com o tempo. Junto com essa evolução, o mundo a nossa volta também se desenvolve. Pensamos tanto no progresso material, mas e o espiritual? Há evolução tecnológica e uma enorme inversão de valores. É essa nossa evolução?
                A conta no banco vale mais que o sentimento. A roupa de marca vale mais que o sorriso bonito. A embalagem vale mais que o conteúdo. Um carro vale mais que andar. Esperteza ficou acima da inteligência. Mas até onde esses são espertos? Que valores são esses? Que tornam o mundo mais frio, egoísta, menos justo e humano. Isso não são valores. Mas nem quem os segue sabe o que são. A vida é vivida desenfreadamente em uma busca cega pelo sucesso e ascensão. Não importa nada além de alcançar os próprios objetivos.
                Sim, os próprios apenas. O que será da futura geração, filha destes que varreram para baixo do tapete valores que lhes foram ensinados? O valor da família é discutido em cartório, o do amor trocado pela separação de bens. Cadê o lado humano desses seres humanos? Desses, quase sempre, tão bem letrados e instruídos. Nada disso vale – nenhum MBA, nenhum pós-graduação, nenhum diploma em Harvard – se não se tem valores e princípios a seguir. Se não se tem moral e ética por zelar.
                Não é questão de bem ou mal. Não é desculpa que se todos podem, também podemos. Nós fazemos parte da sociedade, nós somos a sociedade. E se ela está ruim é culpa nossa, também. Para mudá-la, devemos mudar nós mesmos. Repensar nossos valores, em nós como mundo e nas futuras gerações.

Melissa Facchin Barazzetti

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