segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Texto da aluna Andressa Panizzon, turma 201.


O mundo do avesso
Atualmente pais e filhos parecem viver em um campo de guerra, professores já não encontram argumentos para enfrentar um jovem rebelde em sala de aula e o contato físico entre as pessoas está sendo substituído por programas de comunicação instantânea no mundo virtual. É curioso analisar que, no século XX, há apenas algumas décadas atrás, tudo era diferente. As crianças tinham medo de serem pegas cometendo suas travessuras, temendo o pavoroso e assustador castigo de não poder pular amarelinha, jogar bola na rua, sujar-se à vontade e jogar pique-esconde por um mês inteiro. Hoje em dia, com pais submissos presentes na grande maioria das casas brasileiras, muitos nem se quer os castigam, e aqueles que o fazem, “tiram” seu computador, TV, videogame, celular e iPod por, no máximo, uma semana. Mas o que provocou essa inversão de valores na sociedade contemporânea?                                      
É totalmente inútil tentarmos nos desligar por inteiro dos meios de comunicação e da tecnologia que nos cerca. Entretanto não devemos nos tornar escravos dos mesmos e acabar preguiçosos demais para pensar e raciocinar, apenas porque num simples clique podemos encontrar tudo o que desejamos, com imensa facilidade e nenhum esforço. Crianças sedentárias passam 90% das 24 horas do dia jogando videogame e navegando na Internet, porque brincar na rua pode ser perigoso. Antigamente, a violência não era um assunto preocupante, porém os tempos mudaram e somos obrigados a conviver com essa nova realidade. 
O dinheiro, sendo a razão primordial de todos os conflitos do mundo, se sobrepõe à honestidade, à compaixão e ao respeito. Quantos de nós já pegaram uma nota de dois reais no meio da calçada, ou ficaram com o troco a mais graças a um caixa despercebido? Situações como essas podem parecer tolas, contudo, revelam nosso caráter.                                                             
Talvez os progenitores dessa geração devam ser mais duros e resistentes com suas crias e prepará-los para o mundo, visando os valores humanos, essências para a felicidade do ser humano. Além de mostrar o certo e o errado com sabedoria, descartando o egocentrismo que não leva a nada. A conscientização é o primeiro passo para a mudança, porém apenas com força de vontade e união poderemos construir um mundo digno de viver.
Andressa Panizzon

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